As pesquisas que integram essa linha objetivam problematizar criticamente a questão ambiental no contexto das sociedades capitalistas contemporâneas, em particular no Brasil, os impactos sociais e ambientais dos chamados processos de (des)envolvimento. Partimos do pressuposto de que as noções de ambiente e desenvolvimento – cujos usos atravessam distintos campos do conhecimento – encontra-se no centro de uma disputa pela definição dos fins, meios e consequências da ação humana e envolve pesquisadores/as, agentes econômicos e do Estado, bem como e diversos sujeitos individuais e coletivos numa disputa ética e política. A questão ambiental é uma das expressões desse embate, na qual as dimensões epistemológicas, políticas e práticas se articulam e abrem um amplo universo de pesquisa interdisciplinar. O desenvolvimento como noção e conjunto de políticas públicas é problematizado nos espaços de disputas democráticas por tender a priorizar grandes atores econômicos, regiões centrais, acirrando as desigualdades sociais, regionais e os riscos socioambientais.
Desenvolver estudos sobre a relação entre a questão urbana e ambiental considerando as condições de acesso à infraestrutura urbana, moradia, trabalho, mobilidade, educação e saúde, assim como as políticas urbanas e seus enfoques ambientais. Tratar sobre processos de segregação, vulnerabilização, periferização e suas relações com as dimensões ambientais na cidade.
Desenvolver estudos sobre riscos, desastres e catástrofes, a estrutura socioeconômica, ambiental e o contexto político que os envolve. Identificar, espacializar, analisar e produzir informações e conhecimentos sobre os desastres e catástrofes, os sujeitos afetados em suas determinações de classe, raça e gênero, a interface dos desastres e catástrofes com as políticas públicas e o trabalho profissional neste campo.